A FUNCEF deu um passo importante para ampliar a diversificação da carteira de renda fixa do Novo Plano CD e do REB CD, planos em fase de acumulação. Com base nas melhores práticas de mercado, a Diretoria Executiva aprovou a estratégia que contempla a aplicação de recursos em fundos de investimento em infraestrutura.
Como explica o diretor de Investimentos e Participações, Gustavo Portela, esses fundos são focados em títulos de dívida (debêntures) emitidos por empresas com nota de crédito alta e bem ranqueadas no mercado para financiar obras de infraestrutura em setores como saneamento, transportes e energia elétrica.
“Nosso objetivo com a diversificação é buscar a melhor combinação entre uma série de ativos financeiros para alcançar uma carteira mais balanceada, com a maior rentabilidade possível sem elevar o nível de risco assumido”, observa Portela.
Entre 2016 e setembro desde ano, o mercado de debêntures incentivadas cresceu quase 20 vezes, passando de R$ 5 bilhões para R$ 96 bilhões em emissões anuais.
Esse movimento trouxe um desenvolvimento significativo na indústria de fundos de infraestrutura fechados (FI-Infra), com cotas negociados na Bolsa, que vem crescendo em torno de 50% ao ano e já acumula R$ 13,7 bilhões sob gestão.
Com foco no médio e longo prazo, os fundos de infraestrutura ganharam um impulso adicional com a publicação da Lei 14.801 em janeiro deste ano. Entre as vantagens está o incentivo fiscal à empresa emissora, o que, somado à isenção de Imposto de Renda dos fundos de pensão, faz com que essas debêntures tendam a entregar ganhos superiores aos dos títulos públicos de perfil semelhante.
De 2021 a 2024, os gestores de fundos de infraestrutura obtiveram, em média, 2,41% pontos percentuais ao ano acima da rentabilidade dos títulos públicos de longo prazo atrelados à inflação (NTN-Bs).
Para o presidente Ricardo Pontes, esse desempenho reforça a importância de diversificação dos investimentos. “Nem todos os ativos de renda fixa são iguais. A estratégia aprovada abre a possibilidade para alternativas com garantias um pouco mais sofisticadas, que podem entregar uma rentabilidade acima de títulos mais conservadores”, afirma o presidente.
Avaliação caso a caso
A FUNCEF validou o processo de governança, incluindo os requisitos para seleção de gestores e fundos. Eventuais aportes serão analisados e deliberados caso a caso pela Diretoria Executiva, respeitando-se o rigoroso processo aprovado para escolher gestores terceirizados de referência, com capacidade comprovada, histórico verificável e boa reputação.
Eles receberão mandato para investir em fundos de créditos de infraestrutura (FI-Infra), que têm lastro em ativos reais e muitas vezes não estão disponíveis a pequenos investidores.
O diretor de Administração e Controladoria Rogerio Vida ressalta que o modelo segue as melhores práticas de mercado, o que inclui a segregação de funções entre diversas áreas da Fundação.
“As áreas de investimento, risco e conformidade participam ativamente das seleções de gestores e fundos, com poderes e autonomia para acatar ou rejeitar gestores e fundos que não se encaixam no perfil de riscos dos planos da FUNCEF”, diz Vida.
Outro ponto importante é a transparência do processo. A Fundação irá criar um fundo de fundos para adquirir as cotas de fundos de infraestrutura. Desta maneira, os participantes poderão consultar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regulamenta o mercado, quais são os fundos, gestores e montantes investidos pela FUNCEF.
Comunicação Social da FUNCEF

